As mulheres estão dominando as funções de síndicas de condomínio. Quais são os principais desafios?

Se antes era difícil imaginar que iríamos nos deparar com tantas síndicas de condomínio, a verdade é que hoje já vivemos essa realidade. Sejam elas profissionais de carreira ou somente mulheres dedicadas que se desdobram para cumprirem suas tarefas diárias e ainda dar atenção à comunidade em que moram, cada vez mais cresce o número de habitações que têm elas à frente da administração e os resultados mostram que a decisão é a mais acertada.

Porém, engana-se quem pensa que os bons resultados são sinônimos de sossego. Pelo contrário, são muitos os desafios que as síndicas de condomínio ainda enfrentarão pelo caminho até que tenham o seu devido valor reconhecido.

Entre eles, a desconfiança por se tratar de uma mulher, o machismo estrutural que afeta não somente essa profissão, mas o mercado de trabalho como um todo, e o pouco tempo para conciliar todos os deveres do dia a dia.

Desconfiança

Ter síndicas em condomínio – ou uma equipe inteiramente ou em sua maioria formada por mulheres – é uma novidade. Os números mostram que o crescimento da participação feminina neste tipo de atividade foi significativo nos últimos cinco anos (mostrando uma tendência de aumento de ano após ano). Por isso, ainda que não se justifique, muitos desconfiam de que as mulheres não sejam capazes ou tenham o que precisa para tocar as funções administrativas condominiais da maneira como deve ser feita.

Porém, elas têm estatísticas ao seu favor. Mesmo que não haja uma pesquisa que quantifique a diferença de condomínios que são administrados por homens ou mulheres, há inúmeros exemplos práticos de habitações que melhoraram bastante quando a administração passou a ser comandada por alguém do sexo feminino.

Segundo as próprias síndicas de condomínio, o que explica isso é a maior atenção aos detalhes que elas possuem e a habilidade que as mulheres têm para desempenhar multitarefas com a mesma atenção (estudos já mostraram que, em certo grau, é uma verdade).

Machismo

Infelizmente, esse é um problema muito presente na sociedade e, por isso, também atinge as síndicas de condomínio. São vários os relatos de mulheres que sofreram esse tipo de preconceito enquanto exerciam as suas funções, muitas vezes em casos corriqueiros em que homens recebem um tratamento completamente diferente.

E isso não se dá somente enquanto elas são síndicas, mas já durante a eleição na assembleia. Consciente ou inconscientemente, em uma disputa entre um homem e uma mulher para a eleição de síndico (a) do condomínio, há uma tendência muito grande de que o gênero influencie no voto dos moradores a favor do sexo masculino.

Falta de tempo

É muito comum que as tarefas de casa e de criação dos filhos fique, majoritariamente, na conta da mulher. Portanto, além do trabalho que exercem diariamente (nos casos de síndicas que não são profissionais) e dos cuidados com o lar e a família, as síndicas de condomínio ainda precisam encontrar forças e tempo para se dedicarem aos problemas que aparecem em suas pequenas comunidades.

Apesar de não ser fácil, muitas dizem que tiram essa questão de letra, pois gostam de tomar as decisões que vão influenciar no ambiente de convívio de um grupo de pessoas.


Fonte: https://ascservice.com.br

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