Para muitas empresas, o pensamento de reconstruir seu orçamento do zero pode parecer um pesadelo. Entretanto, deixar a planilha em branco e reconstruí-la por inteiro, pode ser o melhor recurso para empreendimentos que não estão com as contas saudáveis. E o mesmo mindset pode – e deve – ser adotado no orçamento de condomínio.
Conhecendo um pouco sobre os principais métodos do mercado, é possível adotar uma gestão mais bem sucedida e economizar. Não acredita? Continue lendo o artigo e liberte seu empreendimento da burocracia com o melhor orçamento de condomínio:

A propagação do Orçamento Base Zero
Desde 2008, observou-se um aumento no número de organizações optantes pelo Orçamento Base Zero (OBZ). Diante de uma séria recessão econômica, instituições tanto públicas como privadas começaram a se voltar para esse método mais conservador de controle de gastos.
O OBZ nada mais do que um processo orçamentário que coloca em cheque a necessidade de cada gasto. Desse modo, passa a dar menos relevância ao seu histórico. Ao contrário do orçamento tradicional construído a partir dos demonstrativos de períodos anteriores, no OBZ, nada é incluído automaticamente no próximo orçamento. Assim, cada gasto passa a ser realmente útil.
Para que algo faça parte do orçamento, realiza-se uma análise e revisão de todos os custos e despesas no início de cada ciclo orçamentário e deve-se justificar cada um deles para que sejam aprovados. Quando bem sucedido, o OBZ produz economias radicais e liberta organizações de departamentos burocráticos. Entretanto, é preciso ter atenção. Quando não é bem executado, seus custos podem ser altos.
Contextualizando o OBZ
Embora o setor privado use muito o OBZ, o cálculo surgiu no governo dos Estados Unidos da América durante a crise financeira dos anos 70. Diante da crescente pressão do público, o presidente dos EUA, Jimmy Carter, prometeu equilibrar o orçamento federal e reformar o sistema orçamentário federal usando esse conceito.
Além disso, o escritório de orçamento do presidente usou uma variante do OBZ, que forçou os analistas a atribuírem prioridades e identificarem possíveis reduções. No entanto, isso significava que, em vez de partir de uma base zero verdadeira, como o OBZ sugeriria, os analistas começaram de uma “base prioritária” (por exemplo, contas não recorrentes).
Para um orçamento de condomínio otimizado e realizado através de uma melhor gestão de custos, o OBZ oferece possibilidades de redução de custos massivas, gerando valor na forma de eficiência operacional. O método também pode ajudar as empresas a enfrentarem o pensamento convencional e otimizar recursos e alocações desafiando cada item de linha e suposição.
Um pouco sobre o Orçamento Histórico
O orçamento histórico, no entanto, é preparado com base nas informações de períodos anteriores com uso incremental de variáveis que aumentam ou diminuem determinadas previsões de custos. Portanto, a alocação de recursos é derivada das alocações passadas. Sendo assim, sem o devido juízo de mérito de cada linha de custo e sua razão de existir.
Esse método não é o mais recomendado em situações de grandes mudanças no cenário macroeconômico. Porém, é um procedimento com diversas vantagens como estabilidade, consistência e mudança operacional gradual. Além disso, esse meio (que é o mais utilizado nas organizações) traz clareza nos impactos operacionais, já que você passa a ter uma base histórica confiável.
Como fazer o orçamento de condomínio do jeito certo
Na LAR.app, recomendamos a utilização de uma mescla do Orçamento Base Zero (para contas não recorrentes ou linhas de custos que devem ser estrategicamente reduzidas) e do orçamento histórico (para custos e despesas essenciais ou invariáveis no condomínio). Entretanto, para o cálculo ser correto, é preciso realizar o processo com pensamento crítico. Ou seja, pensando no que realmente pode ser reduzido e otimizado.
Conheça as vantagens do orçamento de condomínio da LAR.app:
- Um processo orçamentário aloca financiamento com base em eficiência e necessidade em vez de histórico orçamentário;
- Impede a “incorporação” de gastos “fantasmas” na base de custo;
- Permite que os níveis de gastos sejam um conjunto baseado na necessidade de cada custo em vez de apenas tendências históricas;
- Alinhamento melhor entre os gastos e metas;
- Substitui “faça mais com menos” com “fazer as coisas certas com a quantidade certa”;
- Permite uma alocação mais estratégica de gastos planejados;
- Pode reduzir a incidência de “Sempre fizemos assim”;
- Suporta redução de custos, evitando orçamento automático para custos não-recorrentes ou dispensáveis.
O orçamento de condomínio apresenta uma oportunidade para empreendimentos cortarem custos e melhorarem aspectos quantitativos e qualitativos do dia-a-dia. Entretanto, lembre-se: completar um ciclo orçamentário sem o apoio correto pode ser um tanto desafiador. Ou seja, para concluir. O processo em si ajuda na otimização de custos. Porém, pode tornar-se caro, complexo e demorado, se não for realizado da forma correta.
Sobre o conteúdo
Esse artigo foi escrito por José Vanni e Rafael Lauand, sócios-fundadores da LAR. Rafael é engenheiro de produção formado pela UFPR, pós-graduado em contabilidade e finanças pela UFPR, com experiência em empresas de auditoria e consultoria na a KPMG e em banco de investimentos no Itaú BBA. José é administrador de empresas formado pela Escola de Administração de Empresas da FGV em São Paulo, com experiência em gestão financeira e orçamentária em diversas empresas de tecnologia.
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Fonte: https://lar.app/blog/